quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Quinto dia dieta HCG

Comprei uma balança e começarei a me pesar para ver o quanto estou perdendo de peso. Como não havia me pesado antes, no primeiro dia, apenas no consultório do médico, levarei em consideração o valor de quinze dias atrás. Então já perdi 1 quilo. Mais ou menos as mesmas comidas, diferenciando apenas a proteína, hoje comi 2 ovos cozidos no jantar. Vamos simbora...
Quarto dia dieta HCG

Comi a mesma coisa de ontem, não senti fome nem nada. Vamos simbora...
Terceiro dia da dieta com restrição de 600 calorias


Hoje começa realmente a parte mais difícil, ficar o dia todo com 600 calorias!!! 
Isso significa no café da manhã tomar uma xícara de café com adoçante e três biscoitos de água e sal, uma maçã as 10h, no almoço frango grelhado e salada. Tomei um suco de laranja sem açúcar ( 150ml) e na janta a mesma coisa do jantar. Não senti fome em nenhum momento do dia, e quando fui dormir ainda tomei uma xícara de chá de hortelã. A vontade, o desejo de comer outras coisas foi imenso, mas conseguir me controlar. Vamos simbora....
Segundo dia da dieta HCG

Hoje foi muito parecido com ontem. Não comi muito, mas ainda é um dia livre
podendo comer à vontade. Não senti tonturas, nem dores de cabeça. Pra mim, é 
muito difícil tomar remédios, então sinto certas dificuldades em engolir tanto( oito cápsulas)
mas dois despejados embaixo da língua, que são o HCG e IGF1.
Estou avançando...vamos simbora pro terceiro dia!!!!

sábado, 4 de outubro de 2014

Dieta com HCG

Comecei hoje a dieta restritiva de 500 calorias e uso do hormônio HCG. Além disso estou tomando mais um monte de outros remédios, como vitaminas...tudo com acompanhamento médico. Antes de começar a tomar esse monte de remédios, o meu endocrinologista/metabolista pediu que fizesse uma série de exames, e só depois de constatar que estava tudo bem comigo, me passou a receita para a compra do hormônio. Hoje a comida estava liberada, e não precisava me deter nas 500 calorias, só a partir do terceiro dia. Então foi tranquilo, não senti nenhuma fome, comi bem pouco e ainda andei 5 km na esteira da academia. Tudo tranquilo por hoje, veremos amanhã!

Beijos na alma

segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM POUQUINHO DE MIM

Sentimento? Liberdade
Verbo? Arriscar
Dia? 26 de dezembro
Número? 10
Bebida? Água
Vício? Chocolate
Comida? Churrasco
Fruta? Morango
Mania? Maquiagem
Doce? Chocolate
Estação? Inverno
Cidade? Salvador
Matéria? Direito Penal
Música? Peace Jimmy Cliff
Filme? Saga Crepúsculo
Já chorou por algo bobo? Sim
Guardou segredo? Lógico
Sente saudades? Sempre
Riu até chorar? Sempre
Pagou mico? Mais do que devia
Brigou com alguém? Mais do que devia
Barraqueiro? Nunca
Ciumento? Pouco
Louco? Na medida
Dia/Noite? Noite
Nascer/Por do sol? Por do sol
Verão/Inverno? Inverno
Outono/Primavera? Outono
Quente/frio? Quente
Verdade/desafio? Desafio
Adeus/até logo? Adeus
Cor? Preto
Flor? Orquidea
Pessoa? Eu
Animal? Cachorro
Bala? Não gosto
Chiclete? Trident
Frase? O que a mente quer, o corpo executa e o universo conspira.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A arte de Passear


O Hábito de Caminhar Pela Natureza Rompe os Muros Invisíveis da Rotina
“Navigare necesse, vivere non necesse”, diziam os antigos navegadores. E, de fato, na primeira metade do século 21 não pode haver dúvida de que navegar, ou viajar, é necessário. A ciência moderna demonstrou que viajar é viver, porque tudo o que existe flui em um eterno movimento.
O núcleo de cada átomo do universo é como um pequeno sol em torno do qual navegam elétrons em alta velocidade. Nossa galáxia é regida pela lei do movimento. A própria palavra “planeta”, que vem do grego, significa “errante” ou “viajante”. A terra já foi comparada a uma nave espacial, devido à sua viagem incessante em torno do sol. Além disso, nosso planeta gira em torno do seu próprio eixo, o que dá origem aos nossos dias e noites.
Parece pouco? O sistema solar também está em peregrinação. Ele viaja à velocidade de 960 km/minuto ou 57.600 Km/hora em direção à estrela Vega, a mais brilhante da constelação de Lira. Felizmente, Vega não está parada. Ela se desloca pelo cosmo numa direção e com uma velocidade que garantem pelo menos uma coisa: ela nunca será alcançada por nós. [1]
A mudança e o movimento - tanto internos como externos - são, portanto, o estado natural de tudo o que existe. Qualquer imobilidade ou estabilidade são subjetivas e passageiras. Permanentes são a transformação e a harmonização dinâmica das coisas em todo o cosmo. A cada desarmonia, segue-se uma harmonia maior e mais completa.
Se tudo está em movimento e nada existe fora da dança do universo, não há motivo para que nós queiramos viver permanentemente fechados entre quatro paredes, como se fosse possível existir sem transformar-se. É só quando perdemos o contato com o ritmo natural da vida que o escritório, a fábrica, o apartamento ou a casa passam a funcionar como modernas prisões, ricas em recursos tecnológicos.
Segundo o filósofo Karl Gottlob Schelle, viver continuamente em atmosferas confinadas amolece o espírito das pessoas e enfraquece o seu bom senso.
“O movimento do corpo não é diretamente uma das condições da vida”, escreve Schelle, “e sua ausência não desencadeia irremediavelmente a morte... mas ele é, no entanto, uma condição indireta. É indispensável para a saúde do corpo e para o bom funcionamento do organismo.” [2]
A preservação da força vital passa pela simplicidade voluntária. Basta caminhar regularmente ao ar livre e conviver com o ambiente natural para recuperar e manter a vitalidade. A antiga arte de passear pela natureza rompe os muros invisíveis da rotina e amplia nossos horizontes pessoais.
É verdade que essa arte meditativa nem sempre precisa ser praticada a pé. A bicicleta e o cavalo são alternativas admissíveis, até certo ponto, porque permitem andar em silêncio, em baixa velocidade, em contato com o vento, percebendo a magia da natureza e participando do mistério da sua paz.
A arte de viver com sabedoria inclui a necessidade de manter o corpo físico saudável e acostumado ao movimento. Isso nos estimula a tomar duas providências. A primeira é incorporar um pouco de trabalho físico à nossa rotina diária. A segunda é adotar o hábito de meditar caminhando. Passear e contemplar a unidade da vida são duas atividades que podem ser feitas ao mesmo tempo. Quando caminhamos pela natureza com o espírito livre de preocupações, nosso sistema nervoso relaxa, o sangue circula com mais força e vitalidade, o cérebro e o coração têm sua vida renovada. Em todo o organismo, a vitalidade flui melhor. Enquanto isso, podemos contemplar o processo da vida ao nosso redor e perceber mais claramente a nossa identidade profunda com os outros seres.
utra questão é saber o que o caminhante carrega consigo durante o passeio. Afinal, cada espírito humano possui uma espécie de bagageiro. Ali vão inúmeras lembranças, idéias, crenças, projetos, e alguns princípios éticos. Nem sempre carregamos bagagens agradáveis em nosso espírito. Há também feridas e cicatrizes da alma guardadas ali. Uma coisa é certa, porém. O bom passeador não aceita angústias e ansiedades como parte da sua bagagem. Enquanto pedala ou caminha, ele esquece as atividades de curto prazo e expande sua consciência. As preocupações vão desaparecendo junto com as outras formas de apego emocional. Esse processo de relaxamento é ajudado pelas reações bioquímicas que o exercício físico moderado causa naturalmente no corpo humano. O espírito do caminhante se eleva até que um dia ele passa a perceber em todas as coisas o princípio universal do equilíbrio e da harmonia.
É com esse estado de espírito vasto e sereno que devemos caminhar. Aquele que possui uma mente aberta e um coração puro sabe escutar melhor o som do vento nas folhas das árvores. O aprendiz da sabedoria ouve o cântico dos pássaros e aprecia o nascer do sol sem pressa ou apego. Com a mesma tranqüilidade que tem ao observar o vôo de um pássaro no céu, ele vê as ondas de pensamentos e sentimentos no espaço interior da sua própria consciência.
Na verdade, não há uma separação entre o mundo interno e o mundo externo. De um lado, as nossas emoções são influenciadas pelo que está fora de nós. E de outro, sempre julgamos o mundo externo a partir daquilo que carregamos em nossa própria mente e nosso coração.
Há milhares de anos, diferentes tradições religiosas usam longas peregrinações por terras desconhecidas como meio e método para a libertação dos apegos interiores. É preciso abrir mão tanto dos objetos externos como dos conteúdos internos, para conhecer a liberdade espiritual. O budismo, o hinduísmo e o cristianismo têm disciplinas espirituais que incluem o abandono da vida “normal” - feita de hábitos e compromissos - para viajar pelo mundo durante um período indefinido de tempo.
As caminhadas curtas também são parte daquilo que, não por acaso, passou a ser chamado de “caminho interior”. O ato de caminhar era um item básico da vida cotidiana e da disciplina espiritual nas escolas de filosofia do mundo antigo.
Para o cidadão moderno, os passeios a pé, de trinta ou quarenta minutos diários, são exercícios eficientes de meditação e higiene mental. Alguns alegam que não têm tempo para isso. O argumento é compreensível. O hábito de caminhar exige que se abra mão da rigidez e da imobilidade. É necessário renunciar à rotina da pressa emocional para olhar o mundo de outros pontos de vista, enquanto mantemos o corpo em movimento e observamos o fluxo de nossos sentimentos e pensamentos.
A prática do desapego está de tal forma associada à arte de passear que, para o escritor chinês Lin Yutang, “o verdadeiro viajante é sempre um vagabundo, com as alegrias, as tentações e o sentido de aventura que tem o vagabundo. Viajar é andar à toa, ou não é viajar”. Segundo Yutang, “a essência da viagem é não ter deveres nem horas marcadas”. É recomendável esquecer os assuntos pessoais.
Ele acrescenta: “O bom viajante é o que não sabe aonde vai, e o viajante perfeito é o que não sabe de onde vem. Nem sabe seu nome e sobrenome. (...) É provável que esse viajante não tenha um único amigo em terra estranha, mas, como disse uma monja chinesa, ‘não estimar a ninguém em particular é estimar a humanidade em geral’. Não ter um amigo particular é ter a todos por amigos. Esse viajante, que ama a humanidade em geral, mistura-se com ela e vagueia, observando o encanto das gentes e de seus costumes.” [3]
Defensor da espontaneidade, autor de obras marcadas pelo espírito taoísta, Yutang afirma que o equipamento mais necessário para quem passeia “é um talento especial no peito e uma visão especial debaixo das sobrancelhas”. Ele prossegue:
“O que interessa é saber se o viajante tem coração para sentir e olhos para ver. Se não os tem, suas excursões à montanha são pura perda de tempo e de dinheiro; em compensação, se os tem, poderá conseguir a maior alegria das viagens sem ir sequer às montanhas, mas permanecendo em sua casa e olhando os arredores, e percorrendo os campos para contemplar uma nuvem fugitiva, ou um cachorro, ou uma cerca, ou uma árvore solitária.” [4]
Em meio à natureza, o caminhante renova a sua vitalidade física enquanto medita. Se meditar é expandir a consciência em direção ao que é imenso, sagrado e muito maior que ela própria, então é possível haver meditações inconscientes e involuntárias. E é isso que ocorre quando caminhamos. O convívio com plantas e animais nos ensina que a inteligência universal está por toda parte. Há uma inteligência nas orquídeas. Os pássaros têm sua linguagem. O vento sugere coisas. As árvores são seres evoluídos. Para o escritor Maurice Maeterlinck, cada planta que encontramos pelo caminho é um ser dotado de inteligência:
“Não é somente na semente ou na flor, mas em toda a planta, caule, folhas e raízes, que se descobre, se quisermos inclinar-nos por um instante sobre seu humilde trabalho, numerosos sinais de uma inteligência perspicaz. Lembre-se dos magníficos esforços em direção à luz feitos por galhos contrariados, ou a luta criativa e valente das árvores em perigo.”
E Maeterlinck narra o drama de uma grande árvore situada à beira de um precipício, cuja pedra de apoio caíra, mas que se sustentava miraculosamente lançando novas raízes ao solo para evitar o pior. Espetáculos como esse são relativamente comuns nas margens dos rios atacados de erosão. [5]
Depois de discutir a questão da inteligência dos vegetais e dos insetos, Maeterlinck aborda em poucas palavras um tema central da filosofia esotérica:
“Mas que pouca importância tem, no fundo, a questão da inteligência pessoal das flores, dos insetos ou dos pássaros! Que se diga, a propósito da orquídea como da abelha, que é a Natureza e não a planta ou a mosca que calcula, combina, adorna, inventa e raciocina. Que interesse pode ter para nós essa distinção?”
Na verdade - acrescenta Maeterlinck - também os conhecimentos humanos fazem parte da natureza. Nossas pequenas inteligências pessoais são parcelas de um conjunto maior: “Todos os nossos motivos arquitetônicos e musicais, todas nossas harmonias de cor e de luz, etc., são tomadas diretamente da Natureza”. [6]
Sabendo disso, o bom passeador caminha ou pedala em harmonia com o cosmo, tanto na avenida de uma grande cidade como na beira do mar ou na trilha de um bosque. Ele percebe a unidade da vida e se reconhece como um pequeno ser participante da grande inteligência universal. Por esse motivo, o caminhante sente que nada tem a temer do passado, do presente ou do futuro. Ele vê que, no fundo, a paz comanda a vida - não só aqui e agora, mas também em todas as partes, e sempre.
Este texto é o capítulo 15 do livro “A Vida Secreta da Natureza”, de Carlos Cardoso Aveline, terceira edição, Editora Bodigaya, Porto Alegre, 2007, 156 pp. ( www.bodigaya.com.br )